sábado, 22 de setembro de 2007

Coisas que só acontecem comigo - Parte I

É gente, tem coisas que só acontecem comigo. Na maioria das vezes são cômicas, outras trágicas, outras tragicômicas, e vou compartilhar....

Ano passado voltava do meu trabalho, no ônibus 48. Eu sempre gostei de sentar na janela, no banco mais alto, por achar mais ventilado. Vento é necessário no calor escaldante de Natal de meio-dia, principalmente se você vai passar pela loucura do Alecrim, que era o meu caso. Eu vinha na dita janela, perdida em meus pensamentos. Lembrei que tinha sonhado que era casada com Fábio Jr. (sim, o cantor) e tava achando estranho ter esse sonho. Pensamento de Jéssica: "Porque será que eu sonhei com Fábio Jr.? Faz tanto tempo que eu não vejo ele na Tv..." PLOFT!!! De repente fui atingida por um OMNI - Objeto Melequento Não Identificado vindo do lado de fora do ônibus, EM MOVIMENTO, quando passávamos pelo camelódromo do Alecrim. Eu não sabia o que era, só sentia a gosma. Pensei seriamente em ter sido baleada e a gosma ser sangue. Olhei para minha blusa, onde tinha gosma respingada. A gosma era amarelada. Eu estava muito artodoada para raciocinar. De repente o cara sentado na minha frente se levantou e gritou: "Jogaram ovo na gente!!!".
OMNI identificado, reparei que só eu tinha levado o ovo em cheio na cara. Os outros só tinham levado respingo. Mas claro que eu seria a única a levar a ovada em cheio, porque Murphy é meu amigo. Tinha ovo na meu ouvido, cabelo, óculos escuro, blusa e no juízo também. Pedaços de papel higênico me foram entregues (quem danado anda com papel higiênico na bolsa?!? De qualquer maneira muito obrigada!) e eu fiz uma tentativa pífia de me limpar. Liguei pra Augusto, contei do ocorrido e avisei que pararia na casa dele pra tomar um banho, já que ficava no meio do caminho. E era meio caminho a menos sem as pessoas me olhando como se eu fosse um alien ou uma caloura de universidade recém-passada por um trote.
Quando desci do ônibus caí no choro, andei até o apto de Augusto, peguei o elevador e toquei a campainha, tudo aos prantos. Ele abriu a porta e já ia se preparar pra malhar quando viu a confusão de lágrimas, casca, gema e clara que eu me encontrava. Ele se segurou. Tomei um banho demorado, lavei a cabeça 4 vezes (o cheiro do ovo não saiu mesmo assim) e vesti uma roupa da minha sogra. Chorei durante o almoço todo. Meus in-laws se esforçavam pra não explodirem em gargalhadas e eu fazia muxoxo tentado as impedir.
Quando cheguei em casa EU explodi em gargalhadas.

E até hoje bolo de rir dessa situação e faço os outros rir quando eu conto.
E tenho certeza que ninguém poderá contar história igual aos netos.
Eu posso.
Porque tem coisas que só acontecem comigo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

As namoradas de músicos

E sou mina de músico e acho que pelo menos uma vez na vida todo mulher deveria ser, pra ver o que é bom pra tosse.
Todo mundo sabe que eu acho as cenas epilépticas protagonizadas por algumas meninas, e presenciadas pela minha pessoa, estranhíssimas.
Sei lá, acho bizarra essa idolatria, só porque o cara toca numa banda. E não estou falando de idolatria de fã. Estou falando de idolatria de meninas que idolatram porque querem ficar com o cara.
Você na sabe nada sobre ele, não sabe do que ele gosta, se ele é legal, se ele é limpo, qual o signo dele, se ele tem alergia... Mas ele toca numa banda, então você se apaixona.
O meu colapso nervoso começa quando começam a aparecer meninas que querem ser sua melhor amiga de infância porque você conhece fulano ou beltrano de determinada banda. Dessas quero distância. Não preciso de amizades baseada em interesses, muito obrigada.
Sábado passado fui a um show do SeuZé e de uma banda da Bahia, Vinil69. Tinha conhecido os caras antes, porque tínhamos jantado juntos na mesma noite. Tava tirando fotos deles e uma criatura que eu nunca vi na minha vida começou a me “arrudiar”. Eu que já sou calejada nesse tipo de coisa fiquei só esperando ela vir falar comigo. Bingo! “Você é namorada de algum deles?”, “eles têm namorada?” etc. etc.
Eu sou uma pessoa muito legal, mas com esse tipo de gente sou MUITO, mas MUITO antipática. E não to nem aí sobre o que vão pensar de mim. Pode falar mal. Porque em todas as outras situações eu tento ser muito legal. Só sei que essa menina só deixou de me perseguir quando a banda desceu do palco. Aí ela foi perseguir eles. Hehehehe.
Curti o show do SeuZé normalmente, ao lado das minha amigas. Os caras do Vinil me chamaram mais de uma vez de morgada. Bem, eu acompanho essa banda há 3 anos. Se perdi 5 shows foi muito. E eu não sou Déborah Secco, na época que namorava Falcão, pra me estrebuchar, espernear, polgar, berrar refrão por refrão ou ter ataques de air guitar...
No final da noite, uma menina tentou roubar o chapéu de Augusto. Não sei quem teve mais raiva, eu ou ele. Eu segurava a porcaria do chapéu e ela continuava a negar que estava com ele enquanto fazia cabo de guerra comigo. No fim das contas, pra não perder a paciência de vez larguei o chapéu e deixei Augusto resolver.
É amigos, nessas horas sim eu gostaria de agir como outra mina de músico, a mulher de Igor Cavalera do Sepultura: Jogar um belo de um cinzeiro nas cabeças de certas fãs folgadas...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Há tempos vinha pensando em começar um blog, mas não sabia ao certo sobre o que escrever.

Tá, vocês podem achar estranho uma pessoa que já foi apelidada de Forrest Gump e vez ou outra ter a boca fechada pelo barulho do liquidificador (invenção dos amigos), não saber sobre o que escrever.

Aí hoje conversando com Marcão no MSN, ele me disse que eu escrevesse sobre qualquer coisa que viesse na minha cabeça.

Então tá.

Problema número 1 resolvido, vamos ao problema número 2: Que diabo de nome eu coloco nesse blog?

Pensei em colocar Brainstorm, mas Marcão disse que era coisa de boy. Então resolvi colocar alguma frase em francês, língua que amo e adoro. Então juntei duas coisas pra chegar nesse título: O título de um filme que adoro, Confessions of a dangerous mind, com George Clooney e uma frase de uma música do Silverchair, que pode ser encontrada no meu orkut; Love me for my mind 'cause I am a dangerous heart. Misturei os dois em francês e ficou isso: Confessions d'un coeur dangereux (Confissões de um coração perigoso.)

Vamos ver até quando esse blog dura...

Beijos.